Tripeiro na Noruega

História de um tripeiro que se aventurou em rumar à Escócia e acabou na Noruega

sexta-feira, 12 de março de 2010

Viagem a Dapaong - Norte do Togo





Não, não são fotos da Noruega, estas foram tiradas ao pôr do Sol numa savana, em África!!! Mas já lá vamos...

Mas têm razão, é verdade que este ano ainda não escrevi nada por aqui.

Na verdade o novo emprego e o meu novo desporto têm-me dado conta de tudo o que é tempos mortos.
O ski já passou a ser o meu substituto de Inverno da bicicleta, pois em tudo semelhante: emoção, velocidade, exercício físico e lindas paisagens.



- Aspecto dos trilhos, na procura do ponto mais alto do monte -



- Storsteinsf Jell, Utsikten a 600 metros de altura-

No entanto desta vez não vos vou falar da Noruega, mas sim do Togo - um bocadinho mais a Sul-, na minha primeira viagem à África profunda...
Em Lomé o hotel não era 5 estrelas, mas tinha as comodidades de um hotel Europeu, com alguns luxos, como a piscina.


- Piscina do hotel em Lomé -



Lomé é semelhante a muitas outras cidades de África, com um trânsito desordenado com milhares de motos a aparecerem um pouco por todos o lado. Pelo que me disseram o trânsito nem é mau, quando compararmos com outras cidades deste continente, pois apesar de desordenado não há filas trânsito e pelo que vi as pessoas não são tão aterefadas e mostram um certo respeito uns pelos outros.


- Perto da feira o caos reina -


Mas Lomé foi apenas o meu ponto de partida, e Dapaong foi o meu destino, a cidade mais ao Norte do país, num enclave com o Ghana, à esquerda, e o Burkina Faso, a Norte.

- Magníficas árvores que dominam toda a paisagem, as árvores dos espíritos -




- Cavado à mão!!! Sim, foi tudo feito à picareta -


Fiz a viagem de jipe,que no primeiro dia nos fez chegar a Kara, última cidade com um hotel com padrões Ocidentais - um dos quarteis generais da ONU, pois as eleicões aproximavam-se.

Mas Dapaong ainda fica a mais de 150km...



- Foto da Savana a caminho da Dapaong -




- Ainda a caminho da Dapaong -

A mais de 600km de estrada de Lomé, numa aldeia típica, a vida faz-se como se fazia, eventualmente, há mais de 7 mil anos atrás: vive-se numa palhota com algumas galinhas perdidas e umas poucas cabras, numa pequena sociedade onde as mulheres se juntam para um lado e os homens num outro - não, não é por serem muçulmanos, porque não o são, é por tradição.



- Alojamentos típicos das aldeias -


As mulheres são oficialmente o principal meio de transporte de objectos, levam tudo equilibrado sobre cabeça, desde madeira e carvão, até cachos de bananas e peixes fritos.

Os homens raramente carregam seja o que for, a não ser se tiverem motorizadas, e neste caso vai lá tudo, a família (pai, mãe, filho, tio, avô, primo direito de primeiro e de segundo), bicicletas empilhadas, montes de galinhas... enfim tudo que vos venha à cabeça, mais algumas coisa que nem sequer imaginam. Tudo isto percebe-se, pois se nós tivéssemos uma mota e tivéssemos de transportar estas coisas todas, não olhávamos a meios para o conseguir.

- Eis um exemplo de transporte de galinhas, montes delas -
Mas para serem respeitados, os homens, quando adolescentes, tiveram de travar várias lutas tradicionais, as quais os vão posicionar nas hierarquias da aldeia - se nunca perderes serás respeitado, se nunca ganhares serás desprezado.

Obviamente que a pobreza é muita, comparando com os nosso parâmetros, mas uma coisa é certa, há sempre comida e as pessoas aparentam serem felizes.

- Eis o prato tradicional -

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